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Decisão bombástica do FMI vai virar o mercado de criptomoedas de cabeça para baixo!

O Banco Central do Brasil anunciou recentemente uma revisão significativa na forma como as criptomoedas são tratadas na balança comercial brasileira, em resposta a um pedido do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de vários países. Esta mudança tem gerado bastante curiosidade e expectativas no mercado financeiro. Vamos entender o que está por trás dessa decisão e como ela impacta a economia brasileira.

Revisão metodológica do FMI: O que isso significa?

Na última segunda-feira (24), o Banco Central do Brasil divulgou a balança comercial brasileira com uma novidade: a revisão no tratamento das criptomoedas. Esta decisão veio após uma consulta global liderada pelo FMI, que junto com outros órgãos internacionais, decidiu modificar as estatísticas do setor externo.

Até então, os criptoativos sem emissor, como o Bitcoin, eram registrados como bens na balança comercial. Porém, com a nova metodologia, esses ativos passam a ser considerados ativos não financeiros não produzidos, com registro na conta de capital. Isso se baseia no recém-divulgado capítulo 16 da 7ª edição do Manual de Balanço de Pagamentos (BPM7).

Essa mudança vem de encontro aos anseios de muitos estudiosos e especialistas do setor que estavam insatisfeitos com a presença das criptomoedas na balança comercial brasileira.

Impactos na economia brasileira

Em 2024, o Banco Central do Brasil já havia divulgado que, de janeiro a maio, o país exportou 566 milhões de dólares em criptomoedas, enquanto importou um total de 7,8 bilhões de dólares. Essas transações, que antes faziam parte da balança comercial, agora serão reclassificadas.

Criptomoedas na Balança Comercial de junho de 2024 (Fonte/Bacen)

A partir de 25 de julho de 2024, quando será divulgada a próxima edição das estatísticas de balanço de pagamentos, essas compras e vendas de criptoativos serão incluídas nas transações correntes, com uma abertura própria na conta de capital.

Essa modificação metodológica promete trazer mais clareza e precisão nas estatísticas econômicas do país, atendendo a uma demanda antiga de economistas como Fernando Ulrich, que já previa essas mudanças.

O futuro das criptomoedas na balança comercial

A inclusão das criptomoedas nas estatísticas oficiais do Brasil começou em agosto de 2019, quando o Banco Central reconheceu o Bitcoin e outras criptomoedas. Contudo, foi apenas em 2021 que essas moedas digitais começaram a aparecer de fato nos documentos oficiais, gerando críticas e discussões.

Agora, com a nova metodologia, o Brasil se alinha às diretrizes internacionais, proporcionando uma visão mais realista e atualizada do impacto das criptomoedas na economia. Essa mudança não só atende às exigências do FMI, mas também prepara o país para um futuro onde os ativos digitais terão um papel cada vez mais relevante.

Para os próximos meses, espera-se que mais revisões e adaptações sejam feitas, refletindo a natureza dinâmica e em constante evolução do mercado de criptomoedas. Resta aguardar para ver como essas mudanças influenciarão as futuras políticas econômicas e a percepção do mercado sobre os criptoativos.

Com essa reclassificação, o Banco Central do Brasil dá um passo importante na modernização e transparência das suas estatísticas econômicas, ajustando-se às melhores práticas internacionais e demonstrando um compromisso com a precisão e a clareza das informações financeiras.

Acompanhe as próximas edições das estatísticas de balanço de pagamentos para se manter informado sobre as novidades e os impactos dessas mudanças no cenário econômico brasileiro. As criptomoedas na balança comercial são, sem dúvida, um tema que continuará a gerar debates e curiosidade entre especialistas e investidores.

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Gustavo Morais

Jornalista, com pós-graduação em Produção e Crítica Cultural. Cerca de 20 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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